sexta-feira, 23 de agosto de 2013

CEM Ir. Beno: abrindo novos horizontes para a prática pedagógica



Entre os dias 7 e 10 de agosto, em Maringá, ocorreu a 12ª Jornada de Agroecologia. Com mais de 3 mil participantes da  vindos de diferentes regiões do Brasil, reunidos nas cidades de Maringá e Paiçandu, Paraná – Brasil,  os participantes reafirmaram o compromisso com a Agroecologia e discutiram sobre  os desafios da  luta por uma Terra Livre de Latifúndios, Sem Transgênicos e Sem Agrotóxicos, e pela construção de um Projeto Popular e Soberano para a Agricultura.

O Centro Educacional Marista foi convidado pela equipe pedagógica da Escola Milton Santos do MST para participar da Jornada, atuando na “Ciranda” que é uma programação do evento especialmente criada para atender as crianças, filhos(as) de camponeses(as) e participantes da Jornada.

“Aceitamos este desafio de atuar, enquanto Educadores Maristas, em outro contexto porque acreditamos que sirva para refletir e praticar uma pedagogia libertadora, que tem como princípio básico oportunizar e experimentar uma nova vivência, tornando possível a incorporação de  saberes e sua utilização em novas situações. Podendo se  tornar uma experiência única, tanto para os nossos educadores, educandos, como para as crianças que participaram da Ciranda”, comenta Rosiany Silva, diretora do CEM Ir. Beno.

Um grupo de educadores e educandos do CEM Ir. Beno participaram da Jornada, desenvolvendo atividades como contação de  histórias, cantigas de roda com violão, confecção de brinquedos com material reciclável (barangandã) e revitalização dos espaços(parquinho e quadra de vôlei). Dentre estes, a educadora Alessandra Cassiano se sentiu motivada a participar do evento e de conhecer a Escola Milton Santos, que ainda não conhecia. “Foi uma experiência nova. Tive a oportunidade de fazer novas amizades e de trocar conhecimentos, enriquecendo ainda mais a minha prática pedagógica no Centro Educacional, ampliando minha visão de mundo e de sociedade e até mesmo para poder falar com mais propriedade aos educandos”, relata.





Para a Educadora de Expressão Corporal, Martina, “a jornada trouxe para os visitantes, o conhecimento de uma nova cultura, que acontece ao nosso lado, mas acabamos não a percebendo. Interagir com as pessoas do movimento (MST) acrescenta a importância da agricultura em nossa vida. E a união destes trabalhadores nos mostra a grande jornada pela qual eles se levantam todos os dias para ir em busca”.




A educadora Gabriela Fonseca afirma ter gostado muito de ter participado da Jornada. “Participei com uma contação de história junto com alguns educandos do Centro Educacional Marista Ir. Beno, que fazem parte de um projeto intitulado Mediadores de Leitura. Foi uma experiência muito importante, principalmente pelos novos conhecimentos e a vivência com realidades diferentes que eu desconhecia”. 



A 12ª Jornada de Agroecologia ocorreu na Escola Milton Santos, localizada em Maringá e tem 12 anos de existência e faz parte de uma rede de escolas dos Movimentos Sociais do Campo, que atende jovens oriundos de assentamentos de reforma agrária e comunidades camponesas tradicionais, na tentativa de romper com a formação que impõe o conhecimento e o monopólio do agronegócio sobre as ciências agrárias. Até o momento a escola formou 80 jovens, de quatro turmas de Técnicos em Agroecologia – nível médio.

Segundo o Movimento, “A experiência acumulada nos 12 anos de Jornadas de Agroecologia pôde apresentar publicamente um conjunto de experiências consolidadas de agroecologia nas dimensões da produção, cooperação, agroindustrialização, comercialização e abastecimento popular e institucional, organização comunitária, saúde, educação, pesquisa e assistência técnica. É expressão comum destas iniciativas a garantia do direito humano à alimentação saudável em diversidade e qualidade nutricional, para o autosustento das famílias camponesas e setores populares da sociedade”.

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