Entre os dias 7 e 10 de agosto, em Maringá,
ocorreu a 12ª Jornada de Agroecologia. Com mais de 3 mil participantes da
vindos de diferentes regiões do Brasil, reunidos nas cidades de Maringá e
Paiçandu, Paraná – Brasil, os
participantes reafirmaram o compromisso com a Agroecologia e discutiram
sobre os desafios da luta por uma Terra Livre de Latifúndios, Sem
Transgênicos e Sem Agrotóxicos, e pela construção de um Projeto Popular e
Soberano para a Agricultura.
O Centro Educacional Marista foi convidado pela equipe pedagógica da Escola Milton Santos do MST para participar da Jornada, atuando na “Ciranda” que é uma programação do evento especialmente criada para atender as crianças, filhos(as) de camponeses(as) e participantes da Jornada.
“Aceitamos este desafio de atuar, enquanto Educadores Maristas,
em outro contexto porque acreditamos que sirva para refletir e praticar uma
pedagogia libertadora, que tem como princípio básico oportunizar e experimentar
uma nova vivência, tornando possível a incorporação de saberes e sua utilização em novas situações.
Podendo se tornar uma experiência única,
tanto para os nossos educadores, educandos, como para as crianças que
participaram da Ciranda”, comenta Rosiany Silva, diretora do CEM Ir. Beno.
Um grupo de educadores e educandos do CEM Ir. Beno
participaram da Jornada, desenvolvendo atividades como contação de histórias, cantigas de roda com violão,
confecção de brinquedos com material reciclável (barangandã) e revitalização
dos espaços(parquinho e quadra de vôlei). Dentre estes, a educadora Alessandra
Cassiano se sentiu motivada a participar do evento e de conhecer a Escola
Milton Santos, que ainda não conhecia. “Foi uma experiência nova. Tive a
oportunidade de fazer novas amizades e de trocar conhecimentos, enriquecendo
ainda mais a minha prática pedagógica no Centro Educacional, ampliando minha visão
de mundo e de sociedade e até mesmo para poder falar com mais propriedade aos
educandos”, relata.
Para a Educadora de Expressão Corporal, Martina, “a jornada
trouxe para os visitantes, o conhecimento de uma nova cultura, que acontece ao
nosso lado, mas acabamos não a percebendo. Interagir com as pessoas do
movimento (MST) acrescenta a importância da agricultura em nossa vida. E a
união destes trabalhadores nos mostra a grande jornada pela qual eles se
levantam todos os dias para ir em busca”.
A educadora Gabriela Fonseca afirma ter gostado muito de ter
participado da Jornada. “Participei com uma contação de história junto com
alguns educandos do Centro Educacional Marista Ir. Beno, que fazem parte de um
projeto intitulado Mediadores de Leitura. Foi uma experiência muito importante,
principalmente pelos novos conhecimentos e a vivência com realidades diferentes
que eu desconhecia”.
A 12ª
Jornada de Agroecologia ocorreu na Escola Milton Santos,
localizada em Maringá e tem 12 anos de existência e faz parte de uma rede de
escolas dos Movimentos Sociais do Campo, que atende jovens oriundos de
assentamentos de reforma agrária e comunidades camponesas tradicionais, na
tentativa de romper com a formação que impõe o conhecimento e o monopólio do
agronegócio sobre as ciências agrárias. Até o momento a escola formou 80
jovens, de quatro turmas de Técnicos em Agroecologia – nível médio.
Segundo
o Movimento, “A experiência acumulada nos 12 anos de Jornadas de Agroecologia
pôde apresentar publicamente um conjunto de experiências consolidadas de
agroecologia nas dimensões da produção, cooperação, agroindustrialização,
comercialização e abastecimento popular e institucional, organização
comunitária, saúde, educação, pesquisa e assistência técnica. É expressão comum
destas iniciativas a garantia do direito humano à alimentação saudável em
diversidade e qualidade nutricional, para o autosustento das famílias
camponesas e setores populares da sociedade”.
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