Educandos e educadores do Centro
Educacional Marista Ir. Beno participaram, nesta quinta-feira (20), da
Audiência Pública contra a Criminalização da Juventude, que aconteceu na Câmara
Municipal de Vereadores de Maringá. O encontro teve como objetivo discutir a
situação da violação de direitos da juventude atualmente.
Além do CEM Ir. Beno, entidades
ligadas a juventude e movimentos sociais e estudantis participaram da reunião.
Cerca de 150 pessoas participaram do debate, que teve como palestrante, o Prof.
Dr. Pedro Rodolfo Bodê de Moraes, do Centro de Estudos em Segurança Pública e
Direitos Humanos (UFPR).
Antes de sua palestra, uma carta
foi lida demonstrando a situação atual da juventude e criticando a falta de
investimento nas políticas públicas que beneficiariam diretamente os jovens,
tais como: cultura, lazer, educação, saúde. E a própria constituição e organização
da cidade, que segrega grande parte da população nos bairros periféricos e
municípios do entorno de Maringá, impedindo-a de participar e usufruir de todos
os espaços da cidade.
Três depoimentos foram dados por
jovens que sofreram com a violação de seus direitos, seja por experiência
própria ou de seus familiares.
Segundo Bodê, o perfil da
juventude atual busca no adulto, na família, na sociedade um exemplo. Se a
referência é boa, o reflexo será bom, mas se a referência é ruim, o reflexo
será ruim. Para ele, os adultos são responsáveis pelo atual cenário.
Os espectadores também
participaram do debate, onde abordaram o cenário maringaense, denunciando como
as instituições de ensino, os órgãos públicos e a sociedade, que deveriam
proteger e garantir, também contribuem para a violação de seus direitos.
Autoridades marcaram presença,
com representantes do Ministério Público, Vara da Infância e Juventude, 4º
Batalhão da Polícia Militar, Conselho de Segurança e membros do Legislativo.
O encontro foi finalizado com a
proposta de criação do Comitê Contra a Repressão e Criminalização dos
Movimentos Sociais.